The child of the dark

Eu era uma garota comum, como qualquer outra, morava em Londres com meus pais. Eu estava vivendo um período muito difícil em minha vida, minha irmã havia sumido a 2 anos, todos diziam que ela havia morrido, mas eu ainda acreditava que ela estava viva. Certo dia estava mexendo na caixa de fotos de minha mãe e encontrei fotos de parentes que nunca havia conhecido, falei com meus pais sobre isso e lhes mostrei as fotos, perguntei quem eram e eles me disseram, eram meus tios, era o irmão de meu pai, sua esposa e filhos; a família não mantinha muito contato com eles pois moravam em uma cidade muito estranha, eu me interessei por isso, gostaria de conhece-los.
Após messes insistindo meu pai resolveu tentar falar com meu tio, para perguntar se eu poderia passar um tempo com ele pois adoraria conhecer-lo e a sua família, por sorte meu pai conseguiu contato com meu tio, ele disse que me receberia de braços abertos, poderia ir visita-lo quando quisesse.
Comprei as roupas necessárias para a viagem, dias depois parti, chegando a cidade percebi que meu tio me aguardava na rodoviária. Meu tio era alto, pele branca e cabelos negros, um cara jovem e bonito como nas fotos. Achei isso estranho, mas deixei de lado.
Após os cumprimentos e apresentações fomos para a casa dele, cheguei lá e tinha um quarto reservado para mim. Havia conhecido Eleanor, minha prima. Ela me convidara para sair então arrumei minhas coisas no lugar e fui conhecer a cidade.
Depois de 3 semanas na cidade fiz amigos, e em uma noite de sábado sai com eles, conheci um belo garoto, pele branca, olhar intenso, cabelos negros e um corpo atlético, eu fiquei observando o mesmo e ele também me observava até que uma hora veio falar comigo, seu nome era Hector -diferente e interessante, como todos os nomes aqui- pensei comigo. Nos apresentamos, ele me chamou para dançar, dançamos e curtimos a festa toda; quando foi 2h da manhã resolvi voltar para casa, minha prima já havia ido, ele disse que me acompanharia até lá, eu não vi problema nenhum já que estava sozinha e deixei ele vir comigo.
Ele parecia tão divertido, fofo, atencioso, fiquei completamente encantada por ele, e acabei por não notar mais ele me fez mudar o percurso, entramos em um beco ele me olhou e sorriu, eu comecei a me assustar, mais ele me dizia para ter calma, ele só iria me fazer um bem, nunca mal, ele me segurou , eu tentei me soltar mais ele era mais forte, até que então com um movimento muito rápido para um humano ele mordeu meu pescoço senti seus dentes fincando em minhas veias, sentia ele sugando algo em mim... sugando meu sangue, minha vida. Aquilo ardia muito, ele parou e eu fiquei fraca e desmaie.
Acordei não sei após quanto tempo, certa de uma unica coisa, estava morrendo de sede. Minha garganta ardia e eu sabia que queria... sangue. Só de ouvir a palavra já me dava sede.
Começei a caçar, caçava humanos. Tirava suas vidas para me satisfazer. Achava isso errado. Já havia tentado ficar dias sem me alimentar, mas aquilo era dolorido e eu sempre acabava sedendo ao instinto. No entanto era o modo mais fácil de me alimentar, já que tudo em mim era convidativo para atrair a atenção dos pacatos humanos. Com meus penetrantes olhos azuis e lábios carnudos, qualquer homem cai aos meus pés. Minha pele é clara, sem nenhuma imperfeição, e macia como neve, sendo que algumas sardas cobrem parte de meu rosto. Graças as feições sempre delicadas já fui chamada chamada de bonequinha de porcelana pelo meu pai, mas não se engane, de frágil apenas meu coração. Tenho cabelos levemente ondulados e negros na altura da base das costas e o corpo com todas as curvas no lugar. Sou uma garota doce e meiga, mas posso tornar-se muito má quando quero. Tenho muito sucesso com os homens, porém, mesmo sendo segura, morro de medo de ter o coração partido.
Doce, meiga, calma e sobre tudo obediente. Annabelle amava seguir o padrão garota frágil que necessitava de proteção. Mas conforme foi crescendo se tornou uma garota fria, manipuladora e mimada ao extremo. Sempre alcança seus objetivos, pouco se importando com os métodos que devem ser usados para conseguir tal feito. Arrogante? Possessiva? Ciumenta? Esse é o lado que Anna sempre deixa os outros verem, mas Tommy -seu ursinho de pelúcia que ganhou do pai e seu maior confidente- sabe a garota que a morena é por de trás dessa máscara. Uma garota fofa, querida e sensível que odeia se mostrar frágil, por já ter sofrido demais por isso. Passando então a se esconder por uma máscara de pura raiva, ódio e dor. Mas as máscaras sempre caem querida Anna, e a questão é: Até quando vai conseguir segurar a sua?